sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Oceania: Localização, aspectos gerais e economia 4º bimestre - aula nº 3

Aula nº 3 – 4º bimestre 2014
Oceania: Localização, aspectos gerais e economia

A Oceania é um conjunto de Ilhas situadas no Oceano Pacífico, constituído de milhares ilhas espalhadas sobre o maior dos oceanos do mundo. É considerado o “novíssimo” continente, pois foi a última grande área que os seres humanos povoaram. É comum, quando se fala na Oceania, logo imaginarmos a Austrália e Nova Zelândia, já que são os maiores países deste continente.

Estamos falando de um continente com quase nenhuma fronteira terrestre entre seus países constituintes. Os limites geográficos da Oceania são ao norte o Havaí, seu extremo leste a Ilha de Páscoa (que pertence ao Chile), e seu limite oeste pelas ilhas de Palau e da Nova Guiné. O limite sul da Oceania inclui a Nova Zelândia e a Austrália também. Possui uma área total de 9.008.458 km², divide-se em 14 países independentes, sendo a Austrália a maior divisão territorial deste continente e 22 territórios que pertencem ou são associados a outros países, principalmente aos EUA e a França.

A população da Oceania é de aproximadamente 38 milhões de pessoas, e a Austrália, além de ser o país mais extenso territorialmente, é também o país mais populoso com aproximadamente 23 milhões de habitantes. As línguas mais faladas são o Inglês e o Francês devido à colonização europeia.

Além da Austrália e da Nova Zelândia, a Oceania é dividida em três grandes conjuntos de ilhas: a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia. Melanésia: (Ihas Negras): esse nome é derivado da melanina, pigmento escuro da pele, e tem relação com a cor dos habitantes dessas ilhas em sua maioria pequenas, localizadas, principalmente, ao norte, nordeste e leste da Austrália. Além de vários territórios, há também países independentes como Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, Vanuatu e Fiji.

Micronésia (Ilhas Pequenas): esse grupo é formado por ilhas muito pequenas (daí seu nome), situadas ao norte e nordeste da Melanésia. Os EUA e a Inglaterra possuem o controle da maior parte dos territórios desse conjunto de ilhas. Os países independentes são Kiribati, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Ilhas Marshall e Palau.

Polinésia (Muitas Ilhas): corresponde às ilhas mais distantes, entre o nordeste e o sudeste da Austrália, dispersas por uma grande área do Pacífico. Nesse grupo, os territórios são, em sua maioria, controlados pela Inglaterra e pela França. Os países independentes da Polinésia são Tonga, Samoa e Tuvalu. Também fazem parte da Polinésia o Havaí, que pertence aos EUA (é considerado o 50º estado Norte-Americano) e a Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile.

Com relação aos aspectos físicos, o clima do continente é bem diversificado, pois encontra-se nas zonas climáticas intertropical e temperada no hemisfério sul. A vegetação é bastante variada, possuindo desde selva tropical até vegetação típica de deserto. Seu relevo é predominantemente plano, com atitude média em torno de 200 metros. O pico mais alto do continente é o monte Wilhelm com 4.509 metros em Papua Nova Guiné. Os rios mais importantes são o Murray e seu afluente Darling, na Austrália, rio Waikato, na Nova Zelândia, e o Daru, o Fly, o Kikori, o Purari, o Ramu e o Sepik, em Papua Nova Guiné.

A economia da Oceania é baseada principalmente no turismo, na pesca e na mineração. 

Até por essa característica, a maioria dos países da Oceania são considerados subdesenvolvidos. A Austrália e a Nova Zelândia são exceções que fazem parte da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, APEC (Ásia-Pacific Economic Cooperation), na sigla em inglês.

A Austrália se destaca no setor industrial ligado ao setor primário, como a produção de alimentos e bebidas, a indústria química, metalúrgica, siderúrgica e petroquímica. O setor agropecuário é moderno, com maquinários que aumentam a produtividade no campo utilizando menos mão de obra.

A Nova Zelândia passou de uma economia agrária e dependente para uma economia moderna, com um setor industrial altamente competitivo em termos globais. Suas principais atividades econômicas são a agricultura, a horticultura, a pesca e a silvicultura. As indústrias pesadas, de alumínio e siderurgia, concentradas respectivamente nas ilhas sul e norte, também têm papel importante na economia.



Fonte: Currículo mínimo (Seeduc)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – 4º bimestre - aula nº 2

O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – aula nº 2 – 4º bimestre

Podemos dizer que, atualmente, o Oriente Médio é a região com maior foco de tensão mundial. Desde a antiguidade, a região era a ligação das rotas comerciais entre oriente e ocidente. E o século XX consolidou a região como o lugar com as maiores reservas de petróleo do planeta. Esses fatores tornam a região um verdadeiro "barril de pólvora" que pode explodir a qualquer momento.

O conflito árabe-israelense se iniciou quando os judeus, depois de muito tempo espalhados pelo mundo resolvem voltar ao seu local de origem e ocupar o território da Palestina, para voltarem a ser uma nação definida por um território. Foi um processo gradual, mas que desde o início encontrou resistência dos árabes que lá estavam desde a diáspora judaica.

Tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina, buscando diminuir o conflito. A Segunda Guerra Mundial acelerou o retorno dos judeus por causa da perseguição nazista. Com o final da guerra os ingleses se retiram da região e a Organização das Nações Unidas (ONU) resolve fazer a partilha da Palestina, tentando separar judeus e árabes, que ficaram com uma área de 11.500 km², divididos em duas faixas: Gaza e Cisjordânia, enquanto os judeus ficaram com uma área de 14.000 km², que passou a se chamar Israel e ganhou o status de território internacional, em 1948.

Os países árabes vizinhos à região da Palestina não aceitam a partilha feita pela ONU e, no dia seguinte a criação do estado de Israel, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano o invadem. A reação violenta dos árabes já era esperada e Israel estava preparado, não só expulsando os invasores como também invadindo-os e ocupando a região das colinas de Golã, na Síria, e a península do Sinai, no Egito.

A ocupação gradual do território palestino por Israel foi incomodando cada vez mais as nações árabes do entorno e os árabes palestinos decidem pela criação de um Estado próprio. A ONU rejeita a proposta, temendo mais conflitos. Essa negativa impulsiona na Conferência de Cúpula Árabe de Alexandria, em 1964, a criação da OLP (Organização para Libertação da Palestina), presidida por Yasser Arafat, que une grupos de várias tendências ideológicas, mas que tem em comum a intenção de criar o estado Palestino. 

Inicialmente, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados. Israel sempre respondia aos ataques com violência e esses grupos foram perdendo apoio e sendo substituídos por outros mais moderados dentro da OLP. Começam as conversas entre árabes e para trazer a paz para a região, sempre travada por interesses diversos.

As negociações de paz apresentam importantes mediadores como os Estados Unidos e a União Soviética. Em 1992, numa Conferência de Paz em Madrid, houve esperanças de que, enfim, o processo de paz fosse retomado e a paz fosse anunciada.

Contudo, os grandes rivais dessa paz negociada são os grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma espécie de traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e afasta a paz. No final de 93, Ytzak Rabin vence as eleições em Israel e promove uma nova negociação pela paz com Arafat, mas o assassinato de Rabin por extremistas judeus reacende o fogo da rivalidade e mantém a Palestina na situação de instabilidade.


Os anos 2000 continuam a tendência de dificuldade na obtenção da paz na região, sobretudo pelos grupos extremistas que não reconhecem o estado de Israel (pelo lado palestino) e não reconhecem a autoridade palestina (pelo lado judeu).

Fonte: Currículo minimo (Seeduc) 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Oriente Médio - 4º bimestre - aula nº 1

Aula nº 1 – 4º bimestre 2014

O Oriente Médio: Localização e aspectos gerais

O Oriente Médio está localizado no Oeste do continente asiático. Ele se estendendo Mar Mediterrâneo até o Golfo Pérsico. Sua localização é uma de suas características mais importantes, pois liga a Ásia à África e à Europa. É também nessa região que se encontram os maiores produtores mundiais de petróleo, especialmente no Golfo Pérsico e isso confere uma grande importância geopolítica à região.

Comparada com o resto do continente, é uma região com aproximadamente 5 milhões de km² (para você ter uma ideia, um pouco mais da metade da área do nosso país) em que não há fronteiras precisas. Atualmente o Oriente Médio abrange toda a região que vai desde a Turquia, a oeste, até o Afeganistão, a leste, tendo como centro a parte asiática do Egito (país predominantemente africano), Israel, Jordânia, Líbano, Síria, Iraque, Irã e os países que compõem a península Arábica: Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Kuwait, Bahrein, Catar e Emirados Árabes Unidos.

Com relação aos aspectos físicos podemos destacar o clima seco (desértico e semiárido) predominante numa região com poucos rios. Existem várias cordilheiras, como a Cordilheira de Zagros, no leste do Iraque e principalmente o Irã, e a Cordilheira Hindu Kush, entre o Afeganistão e o Paquistão. Os planaltos constituem o relevo predominante, com destaque para o Planalto de Anatólia, na Turquia, e o Planalto do Irã.

A planície da Mesopotâmia (atual Iraque) está localizada na parte central da região e por ela correm os dois mais importantes rios da região, o Tigre e o Eufrates, que nascem na Ásia Menor (atual Turquia) e desembocam no golfo Pérsico, através do canal Chat-el-Arab. 

Apesar de terem seus cursos numa região árida, os rios Tigre e Eufrates são perenes, ou seja, não secam, porque suas nascentes encontram-se numa região bastante chuvosa.

A água é um recurso natural pouco abundante no Oriente Médio. Há, inclusive, conflitos pela posse de territórios com maior quantidade desse recurso natural e muitos países precisam importá-la ou dessalinizar água do mar para poder obter água potável. Isso eleva bastante o custo de produto indispensável à vida.

A economia do Oriente Médio é baseada na produção de petróleo, mas, em sua maioria, os países dessa região iniciaram ou estão iniciando um processo de industrialização há pouco tempo. De forma geral, têm destaque os setores têxtil e alimentício.

Os parques industriais do Oriente Médio concentram-se em cidades como Ancara (Turquia), Damasco (Síria), Bagdá (Iraque) e Teerã (Irã).

O estado de Israel merece destaque, pois, mesmo com as adversidades do clima desértico, tem a atividade industrial responsável por cerca de 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB). Lá encontram-se indústrias tradicionais (alimentícias e têxteis), além de indústrias que atuam na lapidação de diamantes, na produção de eletroeletrônicos e equipamento bélico.


Fonte: Currículo mínimo (Seeduc)

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

As principais economias da Ásia - 3º bimestre - aula nº 3

As principais economias da Ásia: 3º bimestre – aula nº 3

Finalizando este bloco de aulas, vamos conhecer um pouco mais sobre as maiores economias da Ásia: a China, a Índia, os Tigres Asiáticos e o Japão.

Como vimos na aula anterior, à China se localiza no Extremo Oriente da e começou seu processo de crescimento econômico a partir do final da década de 1970.

O presidente chinês à época, Deng Xiaoping, promoveu inúmeras reformas econômicas, que culminaram com a implantação de uma economia de mercado nos moldes capitalistas. Deng pensou a dinamização da economia chinesa a partir das "Quatro Modernizações" que considerava necessárias e fundamentais: a modernização da agricultura, da indústria, da ciência e tecnologia e do setor militar.

Desta forma, o país acumulou capital, adquiriu tecnologias, conquistou alguns mercados e adquiriu algumas experiências de gestão, promovendo o crescimento econômico e social. 
Apesar de se manter socialmente fechada, realizou uma política de aproximação com o Japão e os Estados Unidos, atraindo capitais estrangeiros para o país a partir da implantação das ZEE’s (Zonas Econômicas Especiais) que são espaços onde foram concedidas condições especiais para a fixação de capitais estrangeiros e também algumas liberalizações do mercado, semelhantes às existentes nos países ocidentais Com o objetivo de expandir as exportações, receber novas tecnologias e absorver métodos ocidentais de administração, além de fortalecer a inserção do país no cenário internacional. Atualmente, a China é a 2ª maior economia do planeta, tendo fechado o ano de 2011 com um PIB (Produto Interno Bruto) da ordem de US$ 7.744.133 trilhões com crescimento médio do PIB de 2,15% (para você ter uma ideia, o Brasil teve 0,8% de crescimento). Está atrás apenas dos Estados Unidos e a previsão que ultrapasse os norte-americanos nos próximos anos. Sua economia está baseada em produtos de baixo desenvolvimento tecnológico para exportação e na sua enorme disponibilidade de mão de obra (fundamental para o baixo valor dos produtos). É, também, o segundo maior importador de mercadorias no mundo.

A Índia, que se localiza no Sul da Ásia, tem um PIB de US$ 2.012.760 trilhões, sendo a 10ª economia do mundo. É, atualmente, a segunda economia que mais cresce no mundo, atrás apenas da China. O setor responsável pelo crescimento econômico na Índia é o de serviços. 
Entretanto, o setor que mais gera demanda por mão de obra é o agrícola, que absorve 60% dos trabalhadores. Os produtos agrícolas mais comuns são: arroz, trigo, algodão, cana-de-açúcar, juta, chá, sementes oleaginosas, especiarias, legumes e verduras. A pecuária também é importante e o extrativismo animal é comum na Índia.

A Índia é grande produtora de minério de ferro, carvão, diamante, cromita e asfalto natural. No setor industrial, as áreas que mais se desenvolvem são as de criação e desenvolvimento de softwares, de produção do aço, maquinários, cimento, alumínio, fertilizantes, têxteis, biotecnologia, produtos químicos, e medicamentos. Há uma parcela da população extremamente qualificada que é disputada pelas multinacionais, sobretudo do ramo de tecnologia.

O cinema indiano é o mais ativo do mundo, superando, em quantidade de filmes, até a indústria cinematográfica norte-americana. A indústria cinematográfica do país é chamada de Bollywood, em referência a cidade de Bombaim, e a Hollywood, nos E.U.A., apesar de nem todos os filmes serem produzidos em Bombaim.

São conhecidos como Tigres Asiáticos Taiwan, Cingapura, Coreia do Sul e Hong Kong (cidade administrada atualmente pela China). A partir de 1960, esses países adotaram um modelo industrial caracterizado como IOE (Industrialização Orientada para a Exportação). 

Com exceção da Coreia do Sul, adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias transnacionais. Foram criadas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE), com doações de terrenos e isenção de impostos pelo Estado. Já o modelo sul-coreano se baseou na instalação de chaebols, redes de empresas com fortes laços familiares. Quatro grandes chaebols controlam a economia sul-coreana: Hyunday, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star. Somente na década de 1970 começaram a instalar-se transnacionais na Coreia do Sul, entretanto, essas são associadas a empresas do país. Assim, as principais razões para o crescimento econômico foram o baixo custo da mão de obra e a produção em larga escala para exportações a partir dos anos 60.

Na década de 1980, Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, mais especificamente na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. Os Novos Tigres foram inseridos nos fluxos de negócios de empresas dos Estados Unidos, do Japão e de vários países europeus.

A estratégia de implantação das indústrias nos Novos Tigres foi diferente dos Tigres originais. Foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos para aproveitar a mão de obra menos qualificada (e consequentemente mais barata). São plataformas de exportação, onde milhares de pequenas empresas produzem mercadorias sob encomenda, criadas e desenvolvidas em outros países do mundo.

O Japão, que, assim como a China, se localiza no Extremo Oriente asiático, iniciou seu processo de industrialização na segunda metade do século XIX, mais especificamente em 1868 com a ascensão do imperador Mitsuhito, que deu início à Era Meiji. Esse momento histórico foi de fundamental importância para a arrancada industrial do Japão, pois se caracterizou pela implantação de políticas modernizantes como investimentos na criação de infraestrutura, criação de fábricas, maciços investimentos na educação, voltada para qualificação da mão de obra e abertura do mercado consumidor para tecnologia e produtos estrangeiros. Mesmo com sua industrialização intensa, o Japão enfrentava (e ainda enfrenta) problemas estruturais, como escassez de energia e matérias-primas, e limitado mercado interno. Isso torna o país um dos maiores importadores do mundo. Apesar disso, durante muito tempo foi a segunda maior economia do mundo, tendo perdido esse posto para a China, no século XXI. Seu PIB em 2012 foi de US$ 6.125.842 trilhões, com 0,52% de crescimento médio do PIB. É conhecido por sua competitividade no livre comércio internacional, principalmente setor de alta tecnologia.


Fonte: Currículo mínimo (Seeduc)

domingo, 10 de agosto de 2014

A regionalização do continente Asiático - 3º bimestre – aula nº 2

A regionalização do continente Asiático: 

Vamos conhecer as formas de organização regional da Ásia, suas seis sub-regiões e suas características principais. Este continente possui bastantes diferenças e sua divisão é a seguinte: Ásia Setentrional (ou Norte da Ásia), Ásia Central, Oriente Médio, Sul da Ásia, Sudeste Asiático e Extremo Oriente.

Vamos conhecê-las a seguir:

Ásia Setentrional: Com a maior área territorial das regiões asiáticas, a Ásia Setentrional é composta por um país apenas: a Rússia (parte asiática). É uma nação amplamente conhecida no mundo todo e de 1922 a 1991 foi o principal país da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Atualmente, apresenta importância geopolítica, pois é muito rica em petróleo e gás natural.

Ásia Central: Situada na região central da Ásia, esta área não possui ligação com nenhum oceano. Esse fator dificulta a prática da exportação nos países da região e contribui para a instabilidade de suas economias. Problemas políticos, econômicos e culturais fizeram desta região da Ásia uma área muito isolada do mundo. Fazem parte desta região o Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Afeganistão.

Oriente Médio: Esta região é muito marcada pelos conflitos entre mulçumanos e judeus, principalmente em Israel, mas também possui conflitos entre os próprios mulçumanos (sunitas, mais moderados, contra xiitas, mais radicais). Todos os países desta região são da cultura islâmica, com exceção de Israel (Estado judeu). Esse fato gera instabilidade religiosa e política na região. Os países que compõem o Oriente Médio são Arábia Saudita, Iêmen, Omã, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrain, Kuwait, Iraque, Irã, Turquia, Síria, Chipre, Líbano, Jordânia e Israel. Com uma história de mais de 3 mil anos, o Oriente Médio é o berço de três grandes religiões do mundo (cristianismo, islamismo e judaísmo) e o maior produtor de petróleo e gás natural do globo.

Sul da Ásia: Formada pela Índia, Paquistão, Maldivas, Nepal, Butão, Bangladesh e Sri Lanka o Sul da Ásia é caracterizada por países com populações numerosas e grandes problemas sociais, gerados pela má distribuição de renda nestes países. A Índia, por exemplo, será daqui alguns anos o país mais populoso do mundo, pois seu crescimento vegetativo não para de aumentar. A Índia é também a nação mais desenvolvida da região. No Sul da Ásia ocorrem as Monções, fenômeno atmosférico natural que transforma a área do sul da Índia e Bangladesh durante o inverno (seco) e verão (úmido), causando nesta última estação inúmeras enchentes.

Sudeste Asiático: Localizado na península da Indochina e nas milhares de centenas de ilhas que formam diversos arquipélagos, essa região é caracterizada por apresentar grandes diferenças socioeconômicas entre os países que a compõem. O Sudeste Asiático é composto por Mianmar, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Malásia, Cingapura, Filipinas, Indonésia e Brunei. Podemos observar países em processo de desenvolvimento econômico, como é o caso da Cingapura, Malásia e Tailândia, sendo chamados de Tigres Asiáticos, mas ainda com inúmeros problemas sociais.

Extremo Oriente: Composto por países com grande semelhança cultural: a China, a Mongólia, as Coreias do Sul e do Norte e Japão. É uma região muito rica, pois tem dois países entre as maiores economias do mundo (China e Japão). Contudo, esses países estão passando por profundas modificações. A China, que está fazendo a abertura do seu mercado interno, possui a maior população do planeta, com cerca de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes. As Coreias (Coréia do Sul e do Norte) não vêm conseguindo progressos nas tentativas de reunificação cultural e territorial devido aos regimes de governo diferentes (o Norte é socialista e o Sul capitalista). E o Japão está numa grave crise econômica, que vem dificultando seu crescimento. Esta região ocupa uma grande área da Ásia e é caracterizada por apresentar desde desertos, como o de Gobi (China), até vulcões, como o Fuji (Japão).


Fonte: Currículo mínimo (Seeduc)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ásia: localização e aspectos gerais - 3º bimestre - aula nº 1

Ásia: localização e aspectos gerais:

A Ásia está localizada a leste da Europa e a nordeste da África. É o continente mais extenso do mundo, com 44.482.000 km (29,4% das terras emersas do nosso planeta). É também o continente mais populoso do mundo com 3,95 bilhões de habitantes, o que corresponde a pouco mais de 60% da população mundial, somente dos países asiáticos, a China e a Índia, juntos, tem quase 40% da população mundial.

A Ásia é banhada por três oceanos: ao norte pelo Oceano Glacial Ártico, a leste pelo Oceano Pacífico e ao sul pelo Oceano Índico. O relevo do continente é bastante irregular com áreas de planaltos, planícies e depressões. Lá se encontra a maior depressão do mundo: o Mar Morto, que está 392m abaixo do nível do mar. Na cadeia montanhosa do Himalaia, na fronteira entre a Índia e o Nepal está o Monte Everest, o ponto culminante do nosso planeta, com 8.848 metros. Podemos citar como exemplos de penínsulas a da Coreia, do Decã, na Índia e a Península Arábica que compreende países como Arábia Saudita, os Emirados Árabes, Catar, Omã e o Iêmen. Já os principais planaltos são: o Planalto do Pamir (acima dos 4.000m), o Planalto do Tibet, da Mongólia, do Decã (parte central da Península do Decã) e Planalto Central Siberiano.

Apesar dos vários exemplos de áreas planálticas, podemos afirmar que as regiões mais importantes do continente asiático são as planícies, pois foram nelas que surgiram as primeiras civilizações do continente, como, a Planície da Mesopotâmia e a Planície Indo-gangética.

Nas planícies asiáticas também encontramos os principais rios do continente: o Rio Amarelo e o Rio Azul, na Planície da China, o Rio Ganges e o Rio Indo na Planície Indo-gangética. A Planície da Sibéria se caracteriza pelos seus rios congelados na maior parte do ano. Já na Planície do Mekong podemos destacar as culturas de arroz, que é o principal alimento da região.

O clima da Ásia é bastante variado, com regiões desérticas (Deserto de Gobi e do Tibet) na parte central do continente e na península Arábica, regiões polares no extremo norte e regiões tropicais no sul. Nos locais de grande altitude o clima é bastante frio como na Cordilheira do Himalaia onde a temperatura pode chegar a até -30ºC. Entretanto, devido à sua grande extensão litorânea, o clima característico na região e o que mais influencia no modo de vida das populações é o chamado clima de monções, que é resultado dos ventos que circulam em determinadas épocas do ano, ora do continente para o oceano, ora do oceano para o continente, devido às variações de pressão atmosférica observadas entre o oceano e o continente.


A vegetação do continente também varia bastante por causa do clima e do relevo. As principais formações são a Taiga, Tundra e a Taiga Siberiana ao norte do continente; as Estepes, que ocupam vastas áreas na parte central; Pradarias, Savanas e as Florestas equatoriais e tropicais nas regiões subtropicais e próximas ao Equador e temperada no extremo oriente, na região das Coreias (do Norte e do Sul) e no Japão.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

Compreendendo as principais questões do continente europeu - 2º bimestre - aula nº 3

Compreendendo as principais questões do continente europeu:

Uma característica marcante do continente europeu é existência de um bloco econômico mais completo atualmente, a União Europeia. A UE, como é conhecida aqui no Brasil, é um bloco econômico integrado por 28 países europeus, que participam de um projeto de integração política e econômica.

Fazem parte desse bloco os seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia. Há países em fase de negociação, como a Macedônia, a Croácia e a Turquia.

A União Europeia é o único bloco econômico do mundo a adotar uma moeda única no interior do seu bloco, o euro. O objetivo era a facilitação do comércio entre os países membros. Mas nem todos os países membros adotaram o euro, devido ao temor de vinculação da sua economia a possíveis crises econômicas.

Entre os objetivos da EU estão à promoção de unidade política e econômica do bloco; o aumento da circulação de produtos, pessoas e capitais entre os países; a redução das desigualdades econômicas entre os países; e a melhoria da qualidade de vida da população europeia.

Mas nem tudo são flores... em 2011 a Europa viveu uma importante crise econômica, abalando as bases da União Europeia e sua capacidade de sair da crise.

Devido à globalização, essa crise se espalhou pelo mundo, causando falências, desempregos, e criando um clima de pessimismo geral na economia mundial.
Mas quais foram às causas dessa crise?

Podemos citar dois fatores: o endividamento público elevado da Grécia, Portugal, Espanha e Itália; e a falta de coordenação política da União Europeia para resolver a questão da dívida das nações do bloco.

As consequências da crise da União Europeia foram muitas. Podemos destacar as seguintes: fuga de capitais de investidores; escassez de crédito; aumento do desemprego; descontentamento da população com as medidas de corte de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise; baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia; contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia.

Outra questão que afeta bastante o continente europeu é a xenofobia.

Xenofobia é a discriminação, preconceito, violência e perseguição exercida pelos europeus contra imigrantes que chegam ao continente para trabalhar. Durante muito tempo, especificamente no período do Pós-Segunda Guerra Mundial, a Europa recebeu e até incentivou a entrada de imigrantes provindos de países asiáticos e africanos. Mas agora, devido às recentes crises econômicas em que mergulham vários países europeus, e ao ressurgimento de nacionalismo exagerado, há uma forte tendência de endurecimento das leis anti-imigração e de punição a imigrantes ilegais.


A xenofobia o racismo têm se tornado cada vez mais comum na Europa, resultando em violência e morte de imigrantes.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

A estrutura e a dinâmica da população da Europa - 2º bimestre - aula nº 2

A estrutura e a dinâmica da população da Europa:

A Europa é um continente bastante populoso, isto é, o número total de habitantes do continente é muito elevado (cerca de 730 milhões de pessoas). O continente também é muito povoado, ou seja, há muitas pessoas distribuídas pelo seu território.

As áreas mais povoadas são o litoral e o centro-ocidental do continente, e junto aos rios. As áreas menos habitadas são as de clima polar, mais ao norte.

O crescimento vegetativo da população europeia, isto é, a diferença percentual entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade, é baixa. Em alguns países, como Suécia, Rússia, Itália, o crescimento vegetativo chega a ser negativo, porque morrem mais pessoas do que nascem. Como consequência direta disso, temos a escassez de mão de obra (pouca população jovem), e elevados gastos com aposentadoria (grande número de idosos).

Em geral, a população da Europa apresenta elevada taxa de expectativa de vida (longevidade) e baixas taxas de mortalidade infantil e analfabetismo. Sua renda per capita (total do que é produzido em um ano dividido pelo número de habitantes do local) é elevada, o que contribui para uma boa qualidade de vida da sua população.


Todos esses aspectos resultam nos maiores IDHs – Índice de Desenvolvimento Humano do mundo. 

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

As características naturais do continente Europeu - 2º bimestre - aula nº 1

As características naturais do continente Europeu

A Europa é um continente relativamente pequeno, pois ocupa apenas 7% da superfície de todos os continentes, sendo maior apenas do que a Oceania.

O continente europeu localiza-se totalmente no hemisfério norte, acima do trópico de Câncer. Como é cortado pelo Meridiano de Greenwich, possui terras nos hemisférios leste e oeste. A Europa é banhada por mares e oceanos, o que facilita a circulação de pessoas e produtos. É considerada como uma grande península da Ásia, pois não há separação geográfica entre a Europa e a Ásia. Prova disso é a Rússia, país localizado na 'fronteira' entre os dois continentes, que contém terras tanto na Europa (pequena parte) quanto da Ásia (grande parte).

As características naturais da Europa são bem diferentes das que encontramos no nosso país. Podemos começar pelo clima.

O clima da Europa, devido a sua posição geográfica, é predominantemente temperado, variando entre oceânico, nas áreas banhadas pelo Oceano Atlântico, continental, na parte central da Europa, e frio, na parte mais ao norte do continente.

Há também o clima polar, no extremo norte da Europa, de montanha, nas cadeias de montanhas, e mediterrâneo, no extremo sul do continente (área banhada pelo mar Mediterrâneo). Assim, o único local do Brasil que possui clima semelhante ao da Europa é a região Sul, nos estados que ficam abaixo do Trópico de Capricórnio, onde no inverno pode até nevar. Não é por acaso que falam que o Sul do Brasil possui um clima tipicamente europeu.

Com relação à vegetação nativa da Europa, pouco restou, pois ela já foi bastante desmatada devido à ocupação humana e crescimento industrial que ocorreu em séculos passados. A vegetação que ainda resiste, está diretamente relacionada ao tipo de clima de cada área. Por exemplo, onde o clima é polar, muito frio, encontramos a tundra, um tipo de vegetação rasteira que pode viver coberta de gelo quase o ano inteiro. Onde o clima é de montanha, a vegetação é a 'de montanha', com árvores que diminuem o porte de acordo com o aumento da altitude. A vegetação mediterrânea é encontrada nas áreas de clima mediterrâneo, com vegetações mais densas, típicas de áreas úmidas. Já em áreas com clima temperado frio encontramos a floresta boreal, e a floresta temperada e as estepes, espécies vegetais típicas do clima temperado continental.


Já com relação ao relevo europeu, predominam as áreas de planície (parte central e norte), cercadas de áreas um pouco mais elevadas, as áreas de planalto. Os extremos do continente, sul, sudeste, sudoeste e nordeste, encontramos belas cadeias de montanhas, com destaque para os Alpes.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

Regiões africanas - 1º bimestre - aula nº 3

Regiões africanas:

Por sua diversidade, o continente africano costuma ser regionalizado de duas formas. A primeira está de acordo com a localização dos países.
1) a África setentrional ou do Norte
2) a África Ocidental
3) a África Central
4) a África Oriental
5) e a África Meridional

África setentrional:
Países:
Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental e Tunísia.
Características:
Como o próprio nome já diz, é a área situada ao norte do continente e que vem a ser banhado pelo Mar Mediterrâneo, em sua maioria, fazendo parte desta região cinco países. Também não se pode esquecer que ao sul desta região se encontra o deserto do Saara.

África ocidental:
Países:
Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
Características:
É uma região muito confusa do ponto de vista político. São quinze nações que dividem um espaço caracterizado por áreas desérticas (Saara, ao norte) e florestas tropicais. Em sua economia local, a exploração de petróleo destaca-se com uma atividade bem atraente para os países.

África central:
Países:
Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe e Chade.
Características:
Existem inúmeros conflitos da década de 90 que marcaram profundamente a região, a África Central ficou conhecida no mundo pelos conflitos no Zaire que o transformaram em República Democrática do Congo. Oito países fazem parte desta região, destacada por grandes florestas tropicais em razão de estar na latitude zero do globo.

África oriental:
Países:
Burundi, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Somália, Sudão, Tanzânia e Uganda.
Características:
Também conhecida como “Chifre da África”, por sua forma física do extremo leste africano, é uma área bem diversificada por ter países bem estruturados e urbanizados, como é o caso do Quênia, e em contraponto a isto, existe à Somália e Etiópia, nações mergulhadas em problemas gerados pelas suas guerras civis. Nesta região encontram-se dez países bem distintos, tantos nos aspectos físicos como humanos. É na divisa entre Uganda, Tanzânia e Quênia que existe o lago Vitória, que é considerado a nascente do rio Nilo.

África meridional:
Países:
África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia e Zimbábue.
Características:
E extremo sul africano é representado pelas diferenças existente entre os onze países no campo socioeconômico, principalmente, pois o contraste entre a África do Sul, nação bem desenvolvida, se comparada aos outros países africanos, em relação aos demais é visivelmente percebido. Este país exerce um poder centralizador nesta região, onde a economia é seu ponto forte. Observa-se também uma diversidade natural neste espaço, em razão de possuir grandes vales férteis e vastos desertos como o Kalahari, sendo no delta do Okavango (Botsuana) acontece uma das maiores e mais impressionantes migrações do mundo, a dos gnus.

A segunda regionalização desse continente, que vem sendo muito utilizada, usa critérios étnicos e culturais (religião e etnias predominantes em cada região), é dividida em dois grandes grupos, a África Branca ou setentrional formado pelos oito países da África do norte, mais a Mauritânia e o Saara Ocidental, e a África Negra ou subsaariana formada pelos outros 44 países do continente.

A África subsaariana corresponde à região do continente africano a sul do Deserto do Saara, ou seja, aos países que não fazem parte do Norte de África.

A palavra subsaariana deriva da convenção geográfica euro centrista, segundo a qual o Norte estaria acima e o Sul abaixo (daí o prefixo latino sub).

Efetivamente, o Deserto do Saara, com os seus cerca de nove milhões de quilômetros quadrados, forma uma espécie de barreira natural que divide o continente africano em duas partes muito distintas quanto ao quadro humano e econômico. Ao norte encontramos uma organização socioeconômica muito semelhante à do Oriente Médio, formando um mundo islamizado. Ao sul temos a chamada África Negra, assim denominada pela predominância nessa região de povos de pele escura.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)



O processo histórico de ocupação e organização espacial africana - 1º bimestre - aula nº 2

O processo histórico de ocupação e organização espacial africana:

Tudo começou a partir do século XIX, quando se iniciou uma nova fase do colonialismo europeu, marcada por uma maior ocupação e uma exploração mais efetiva dos continentes africano e asiático.

Como a revolução Industrial apresentava-se em pleno desenvolvimento em países como Inglaterra, França, Bélgica, Holanda e Alemanha, fazia-se necessária a exploração cada vez maior de matérias-primas, como Ferro, Cobre Chumbo, Algodão e Borracha, a baixos custos, para serem transformadas em produtos industrializados.

O surto de processos de independência das colônias americanas, durante o século XIX, impôs restrições à exploração e ao saque de recursos primários pelas metrópoles naquele continente.

Por outro lado, a independência dessas colônias americanas representou a ampliação do mercado consumidor para os produtos industrializados das metrópoles, já que o mercado europeu encontrava-se, nessa época, um tanto saturado.

Assim, as maiores potências europeias encontraram algumas soluções para garantir o suprimento de matérias-primas para suas indústrias promoveram a ocupação e divisão desses territórios, facilitando a exploração em grande escala dos recursos naturais existentes nesses continentes.

No caso da África, essa divisão ou partilha, como também ficou conhecida, foi realizada por meio de um acordo selado na Conferência de Berlim (Alemanha), em 1885, entre Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e Itália, além de Portugal e Espanha, que já possuíam domínios nesse continente. Com o fechamento do acordo da partilha da África, na conferência de Berlim, houve uma verdadeira “corrida” entre as metrópoles para a delimitação das fronteiras de suas colônias em território africano.

A partilha da África entre países da Europa e a implantação de atividades econômicas voltadas para o abastecimento do mercado europeu trouxeram profundas consequências: desestruturaram completamente a organização política, econômica e cultural da maioria dos povos africanos, que há séculos, mantinham modos de vida muito distintos dos europeus.

Essa desestruturação social ocorreu, principalmente, por que:
1) as fronteiras traçadas pelos europeus levaram em conta apenas os seus interesses econômicos não respeitando os limites territoriais que já existiam entre os grupos tribais, acabou separando povos com uma mesma identidade histórico-cultural, ou colocando dentro do território de uma mesma colônia antigas tribos rivais:

2) os povos africanos eram, originalmente, dedicados a uma agricultura de subsistência e ao pastoreio, enquanto outros grupos dedicavam-se à caça e à coleta de frutos e raízes. Com a introdução das atividades agrícolas de plantations e da mineração, foram estabelecidos empresas e núcleos de povoamentos de europeus no interior da África, resultando na desapropriação de áreas de diversas tribos. Assim, muitas dessas populações deixaram de trabalhar em suas atividades tradicionais para tornarem-se mão-de-obra assalariada ou mesmo escravos dos próprios europeus que desapropriaram suas terras. Para as tribos que persistiram no trabalho agrícola, restaram, na maioria dos casos as áreas com solos pouco férteis;

3) muitas das regiões onde se desenvolveram as plantations e a mineração eram pouco povoadas, o que levou os colonizadores a deslocar grandes contingentes de africanos de regiões distantes para as áreas de maior exploração. Esse fato acabou provocando uma redução populacional nas regiões de origem desses migrantes.


Houve, portanto, uma reorganização do espaço africano pelos colonizadores europeus que caracterizou pela exploração e pelo desrespeito às necessidades dos povos que o habitavam. Isso gerou grandes conflitos e problemas sociais na África.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

O continente africano e seus limites geográficos - 1º bimestre - aula nº 1

O continente africano e seus limites geográficos:

O continente africano é formado por vários países, diversas nações e algumas regiões.

Outro fato importante é a sua localização: ela é considerada estratégica devido à proximidade com todos os outros continentes.

Seus limites geográficos são: a norte com o Mar Mediterrâneo (que o separa do continente europeu), a leste com o Oceano Índico e Mar Vermelho (mar que separa o continente africano do asiático), a oeste e sul com o Oceano Atlântico.

É o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e das Américas) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. 

É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de 900 milhões de pessoas, representando cerca de um sétimo da população do mundo, e 53 países independentes.

O continente africano é dividido pela Linha do Equador, tendo duas partes distintas: o norte é bastante extenso no sentido leste-oeste; o sul, mais estreito, afunila-se onde as águas do Índico se encontram com as do Atlântico. Cerca de três quartos do continente estão situados na zona intertropical da Terra, apresentando, por isso, altas temperaturas com pequenas variações anuais.

Assim, temos no continente muitas variações climáticas, onde encontramos os seguintes climas: equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo. O clima equatorial, quente e úmido o ano todo, abrange parte da região centro-oeste do continente; o tropical quente com invernos secos domina quase inteiramente as terras africanas, do centro ao sul, inclusive a ilha de Madagascar; o clima desértico, por sua vez, compreende uma grande extensão da África, acompanhando os desertos do Saara e de Calaari.

O clima mediterrâneo manifesta-se em pequenos trechos do extremo norte e do extremo sul do continente, apresentando-se quente com invernos úmidos. No Magrebe, a agricultura é importante, cultivando-se vinhas, oliveiras, cítricos e tâmaras, enquanto que no sul, principalmente na península do Cabo, o vinho, introduzido pelos imigrantes franceses, no século XVII, é igualmente uma fonte de riqueza local.

A pluviosidade na África é bastante desigual, sendo a principal responsável pelas grandes diferenças entre as paisagens africanas. As chuvas ocorrem com abundância na região equatorial, mas são insignificantes nas proximidades do Trópico de Câncer, onde se localiza o Deserto do Saara, e do Trópico de Capricórnio, região pela qual se estende o Calaari.

Localizados no interior do território africano, os desertos ocupam grande parte do continente. Situam-se tanto ao norte (Saara) quanto ao sul (Calaari).

Tendo as regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.

Nas áreas de clima equatorial as chuvas são abundantes o ano inteiro; graças à pluviosidade, a vegetação dominante é a floresta equatorial densa e emaranhada. Ao norte e ao sul dessa faixa, onde o verão é menos úmido e a região está sujeita às influências marítimas, aparecem as savanas, que constituem o tipo de vegetação mais abundante no continente. Circundam essa região zonas em que as temperaturas são mais amenas, a pluviosidade menor e as estações secas bem pronunciadas. Aí se encontram estepes, que à medida que alcançam áreas mais secas, tornam-se progressivamente mais ralas, até se transformarem em regiões desérticas.

Ao longo do litoral do mar Mediterrâneo e da África do Sul, sobressai a chamada vegetação mediterrânea, formada por arbustos e gramíneas. Nesta área concentra-se a maior parte da população branca do continente.


Como parte significativa de sua vegetação está preservada, a África conserva ainda numerosos espécimes de sua fauna: a floresta equatorial constitui abrigo, principalmente, para aves e macacos; as savanas e estepes reúnem antílopes, zebras, girafas, leões, leopardos, elefantes, avestruzes e animais de grande porte em geral.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)