quarta-feira, 20 de agosto de 2014

As principais economias da Ásia - 3º bimestre - aula nº 3

As principais economias da Ásia: 3º bimestre – aula nº 3

Finalizando este bloco de aulas, vamos conhecer um pouco mais sobre as maiores economias da Ásia: a China, a Índia, os Tigres Asiáticos e o Japão.

Como vimos na aula anterior, à China se localiza no Extremo Oriente da e começou seu processo de crescimento econômico a partir do final da década de 1970.

O presidente chinês à época, Deng Xiaoping, promoveu inúmeras reformas econômicas, que culminaram com a implantação de uma economia de mercado nos moldes capitalistas. Deng pensou a dinamização da economia chinesa a partir das "Quatro Modernizações" que considerava necessárias e fundamentais: a modernização da agricultura, da indústria, da ciência e tecnologia e do setor militar.

Desta forma, o país acumulou capital, adquiriu tecnologias, conquistou alguns mercados e adquiriu algumas experiências de gestão, promovendo o crescimento econômico e social. 
Apesar de se manter socialmente fechada, realizou uma política de aproximação com o Japão e os Estados Unidos, atraindo capitais estrangeiros para o país a partir da implantação das ZEE’s (Zonas Econômicas Especiais) que são espaços onde foram concedidas condições especiais para a fixação de capitais estrangeiros e também algumas liberalizações do mercado, semelhantes às existentes nos países ocidentais Com o objetivo de expandir as exportações, receber novas tecnologias e absorver métodos ocidentais de administração, além de fortalecer a inserção do país no cenário internacional. Atualmente, a China é a 2ª maior economia do planeta, tendo fechado o ano de 2011 com um PIB (Produto Interno Bruto) da ordem de US$ 7.744.133 trilhões com crescimento médio do PIB de 2,15% (para você ter uma ideia, o Brasil teve 0,8% de crescimento). Está atrás apenas dos Estados Unidos e a previsão que ultrapasse os norte-americanos nos próximos anos. Sua economia está baseada em produtos de baixo desenvolvimento tecnológico para exportação e na sua enorme disponibilidade de mão de obra (fundamental para o baixo valor dos produtos). É, também, o segundo maior importador de mercadorias no mundo.

A Índia, que se localiza no Sul da Ásia, tem um PIB de US$ 2.012.760 trilhões, sendo a 10ª economia do mundo. É, atualmente, a segunda economia que mais cresce no mundo, atrás apenas da China. O setor responsável pelo crescimento econômico na Índia é o de serviços. 
Entretanto, o setor que mais gera demanda por mão de obra é o agrícola, que absorve 60% dos trabalhadores. Os produtos agrícolas mais comuns são: arroz, trigo, algodão, cana-de-açúcar, juta, chá, sementes oleaginosas, especiarias, legumes e verduras. A pecuária também é importante e o extrativismo animal é comum na Índia.

A Índia é grande produtora de minério de ferro, carvão, diamante, cromita e asfalto natural. No setor industrial, as áreas que mais se desenvolvem são as de criação e desenvolvimento de softwares, de produção do aço, maquinários, cimento, alumínio, fertilizantes, têxteis, biotecnologia, produtos químicos, e medicamentos. Há uma parcela da população extremamente qualificada que é disputada pelas multinacionais, sobretudo do ramo de tecnologia.

O cinema indiano é o mais ativo do mundo, superando, em quantidade de filmes, até a indústria cinematográfica norte-americana. A indústria cinematográfica do país é chamada de Bollywood, em referência a cidade de Bombaim, e a Hollywood, nos E.U.A., apesar de nem todos os filmes serem produzidos em Bombaim.

São conhecidos como Tigres Asiáticos Taiwan, Cingapura, Coreia do Sul e Hong Kong (cidade administrada atualmente pela China). A partir de 1960, esses países adotaram um modelo industrial caracterizado como IOE (Industrialização Orientada para a Exportação). 

Com exceção da Coreia do Sul, adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias transnacionais. Foram criadas Zonas de Processamento de Exportações (ZPE), com doações de terrenos e isenção de impostos pelo Estado. Já o modelo sul-coreano se baseou na instalação de chaebols, redes de empresas com fortes laços familiares. Quatro grandes chaebols controlam a economia sul-coreana: Hyunday, Daewoo, Samsung e Lucky Gold Star. Somente na década de 1970 começaram a instalar-se transnacionais na Coreia do Sul, entretanto, essas são associadas a empresas do país. Assim, as principais razões para o crescimento econômico foram o baixo custo da mão de obra e a produção em larga escala para exportações a partir dos anos 60.

Na década de 1980, Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos Tigres Asiáticos, houve uma expansão para os países vizinhos do sudeste, mais especificamente na Indonésia, Vietnã, Malásia, Tailândia e Filipinas. Os Novos Tigres foram inseridos nos fluxos de negócios de empresas dos Estados Unidos, do Japão e de vários países europeus.

A estratégia de implantação das indústrias nos Novos Tigres foi diferente dos Tigres originais. Foram instaladas indústrias tradicionais, como têxteis, calçados, alimentos, brinquedos e produtos eletrônicos para aproveitar a mão de obra menos qualificada (e consequentemente mais barata). São plataformas de exportação, onde milhares de pequenas empresas produzem mercadorias sob encomenda, criadas e desenvolvidas em outros países do mundo.

O Japão, que, assim como a China, se localiza no Extremo Oriente asiático, iniciou seu processo de industrialização na segunda metade do século XIX, mais especificamente em 1868 com a ascensão do imperador Mitsuhito, que deu início à Era Meiji. Esse momento histórico foi de fundamental importância para a arrancada industrial do Japão, pois se caracterizou pela implantação de políticas modernizantes como investimentos na criação de infraestrutura, criação de fábricas, maciços investimentos na educação, voltada para qualificação da mão de obra e abertura do mercado consumidor para tecnologia e produtos estrangeiros. Mesmo com sua industrialização intensa, o Japão enfrentava (e ainda enfrenta) problemas estruturais, como escassez de energia e matérias-primas, e limitado mercado interno. Isso torna o país um dos maiores importadores do mundo. Apesar disso, durante muito tempo foi a segunda maior economia do mundo, tendo perdido esse posto para a China, no século XXI. Seu PIB em 2012 foi de US$ 6.125.842 trilhões, com 0,52% de crescimento médio do PIB. É conhecido por sua competitividade no livre comércio internacional, principalmente setor de alta tecnologia.


Fonte: Currículo mínimo (Seeduc)

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