sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – 4º bimestre - aula nº 2

O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – aula nº 2 – 4º bimestre

Podemos dizer que, atualmente, o Oriente Médio é a região com maior foco de tensão mundial. Desde a antiguidade, a região era a ligação das rotas comerciais entre oriente e ocidente. E o século XX consolidou a região como o lugar com as maiores reservas de petróleo do planeta. Esses fatores tornam a região um verdadeiro "barril de pólvora" que pode explodir a qualquer momento.

O conflito árabe-israelense se iniciou quando os judeus, depois de muito tempo espalhados pelo mundo resolvem voltar ao seu local de origem e ocupar o território da Palestina, para voltarem a ser uma nação definida por um território. Foi um processo gradual, mas que desde o início encontrou resistência dos árabes que lá estavam desde a diáspora judaica.

Tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina, buscando diminuir o conflito. A Segunda Guerra Mundial acelerou o retorno dos judeus por causa da perseguição nazista. Com o final da guerra os ingleses se retiram da região e a Organização das Nações Unidas (ONU) resolve fazer a partilha da Palestina, tentando separar judeus e árabes, que ficaram com uma área de 11.500 km², divididos em duas faixas: Gaza e Cisjordânia, enquanto os judeus ficaram com uma área de 14.000 km², que passou a se chamar Israel e ganhou o status de território internacional, em 1948.

Os países árabes vizinhos à região da Palestina não aceitam a partilha feita pela ONU e, no dia seguinte a criação do estado de Israel, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano o invadem. A reação violenta dos árabes já era esperada e Israel estava preparado, não só expulsando os invasores como também invadindo-os e ocupando a região das colinas de Golã, na Síria, e a península do Sinai, no Egito.

A ocupação gradual do território palestino por Israel foi incomodando cada vez mais as nações árabes do entorno e os árabes palestinos decidem pela criação de um Estado próprio. A ONU rejeita a proposta, temendo mais conflitos. Essa negativa impulsiona na Conferência de Cúpula Árabe de Alexandria, em 1964, a criação da OLP (Organização para Libertação da Palestina), presidida por Yasser Arafat, que une grupos de várias tendências ideológicas, mas que tem em comum a intenção de criar o estado Palestino. 

Inicialmente, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados. Israel sempre respondia aos ataques com violência e esses grupos foram perdendo apoio e sendo substituídos por outros mais moderados dentro da OLP. Começam as conversas entre árabes e para trazer a paz para a região, sempre travada por interesses diversos.

As negociações de paz apresentam importantes mediadores como os Estados Unidos e a União Soviética. Em 1992, numa Conferência de Paz em Madrid, houve esperanças de que, enfim, o processo de paz fosse retomado e a paz fosse anunciada.

Contudo, os grandes rivais dessa paz negociada são os grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma espécie de traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e afasta a paz. No final de 93, Ytzak Rabin vence as eleições em Israel e promove uma nova negociação pela paz com Arafat, mas o assassinato de Rabin por extremistas judeus reacende o fogo da rivalidade e mantém a Palestina na situação de instabilidade.


Os anos 2000 continuam a tendência de dificuldade na obtenção da paz na região, sobretudo pelos grupos extremistas que não reconhecem o estado de Israel (pelo lado palestino) e não reconhecem a autoridade palestina (pelo lado judeu).

Fonte: Currículo minimo (Seeduc) 

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