O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – aula nº 2 –
4º bimestre
Podemos dizer que, atualmente, o Oriente Médio é a região
com maior foco de tensão mundial. Desde a antiguidade, a região era a ligação
das rotas comerciais entre oriente e ocidente. E o século XX consolidou a região
como o lugar com as maiores reservas de petróleo do planeta. Esses fatores
tornam a região um verdadeiro "barril de pólvora" que pode explodir a
qualquer momento.
O conflito árabe-israelense se iniciou quando os judeus,
depois de muito tempo espalhados pelo mundo resolvem voltar ao seu local de
origem e ocupar o território da Palestina, para voltarem a ser uma nação definida
por um território. Foi um processo gradual, mas que desde o início encontrou
resistência dos árabes que lá estavam desde a diáspora judaica.
Tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina, buscando
diminuir o conflito. A Segunda Guerra Mundial acelerou o retorno dos judeus por
causa da perseguição nazista. Com o final da guerra os ingleses se retiram da região
e a Organização das Nações Unidas (ONU) resolve fazer a partilha da Palestina,
tentando separar judeus e árabes, que ficaram com uma área de 11.500 km², divididos
em duas faixas: Gaza e Cisjordânia, enquanto os judeus ficaram com uma área de
14.000 km², que passou a se chamar Israel e ganhou o status de território
internacional, em 1948.
Os países árabes vizinhos à região da Palestina não
aceitam a partilha feita pela ONU e, no dia seguinte a criação do estado de
Israel, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano o invadem.
A reação violenta dos árabes já era esperada e Israel estava preparado, não só
expulsando os invasores como também invadindo-os e ocupando a região das
colinas de Golã, na Síria, e a península do Sinai, no Egito.
A ocupação gradual do território palestino por Israel foi
incomodando cada vez mais as nações árabes do entorno e os árabes palestinos
decidem pela criação de um Estado próprio. A ONU rejeita a proposta, temendo
mais conflitos. Essa negativa impulsiona na Conferência de Cúpula Árabe de
Alexandria, em 1964, a criação da OLP (Organização para Libertação da
Palestina), presidida por Yasser Arafat, que une grupos de várias tendências
ideológicas, mas que tem em comum a intenção de criar o estado Palestino.
Inicialmente, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e
passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados. Israel
sempre respondia aos ataques com violência e esses grupos foram perdendo apoio
e sendo substituídos por outros mais moderados dentro da OLP. Começam as conversas
entre árabes e para trazer a paz para a região, sempre travada por interesses
diversos.
As negociações de paz apresentam importantes mediadores
como os Estados Unidos e a União Soviética. Em 1992, numa Conferência de Paz em
Madrid, houve esperanças de que, enfim, o processo de paz fosse retomado e a
paz fosse anunciada.
Contudo, os grandes rivais dessa paz negociada são os
grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma espécie
de traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e
afasta a paz. No final de 93, Ytzak Rabin vence as eleições em Israel e promove
uma nova negociação pela paz com Arafat, mas o assassinato de Rabin por extremistas
judeus reacende o fogo da rivalidade e mantém a Palestina na situação de
instabilidade.
Os anos 2000 continuam a tendência de dificuldade na
obtenção da paz na região, sobretudo pelos grupos extremistas que não reconhecem
o estado de Israel (pelo lado palestino) e não reconhecem a autoridade
palestina (pelo lado judeu).
Fonte: Currículo minimo (Seeduc)
muito obrigado aprende tudo para minha prova de amanha
ResponderExcluir