sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Oceania: Localização, aspectos gerais e economia 4º bimestre - aula nº 3

Aula nº 3 – 4º bimestre 2014
Oceania: Localização, aspectos gerais e economia

A Oceania é um conjunto de Ilhas situadas no Oceano Pacífico, constituído de milhares ilhas espalhadas sobre o maior dos oceanos do mundo. É considerado o “novíssimo” continente, pois foi a última grande área que os seres humanos povoaram. É comum, quando se fala na Oceania, logo imaginarmos a Austrália e Nova Zelândia, já que são os maiores países deste continente.

Estamos falando de um continente com quase nenhuma fronteira terrestre entre seus países constituintes. Os limites geográficos da Oceania são ao norte o Havaí, seu extremo leste a Ilha de Páscoa (que pertence ao Chile), e seu limite oeste pelas ilhas de Palau e da Nova Guiné. O limite sul da Oceania inclui a Nova Zelândia e a Austrália também. Possui uma área total de 9.008.458 km², divide-se em 14 países independentes, sendo a Austrália a maior divisão territorial deste continente e 22 territórios que pertencem ou são associados a outros países, principalmente aos EUA e a França.

A população da Oceania é de aproximadamente 38 milhões de pessoas, e a Austrália, além de ser o país mais extenso territorialmente, é também o país mais populoso com aproximadamente 23 milhões de habitantes. As línguas mais faladas são o Inglês e o Francês devido à colonização europeia.

Além da Austrália e da Nova Zelândia, a Oceania é dividida em três grandes conjuntos de ilhas: a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia. Melanésia: (Ihas Negras): esse nome é derivado da melanina, pigmento escuro da pele, e tem relação com a cor dos habitantes dessas ilhas em sua maioria pequenas, localizadas, principalmente, ao norte, nordeste e leste da Austrália. Além de vários territórios, há também países independentes como Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão, Vanuatu e Fiji.

Micronésia (Ilhas Pequenas): esse grupo é formado por ilhas muito pequenas (daí seu nome), situadas ao norte e nordeste da Melanésia. Os EUA e a Inglaterra possuem o controle da maior parte dos territórios desse conjunto de ilhas. Os países independentes são Kiribati, Estados Federados da Micronésia, Nauru, Ilhas Marshall e Palau.

Polinésia (Muitas Ilhas): corresponde às ilhas mais distantes, entre o nordeste e o sudeste da Austrália, dispersas por uma grande área do Pacífico. Nesse grupo, os territórios são, em sua maioria, controlados pela Inglaterra e pela França. Os países independentes da Polinésia são Tonga, Samoa e Tuvalu. Também fazem parte da Polinésia o Havaí, que pertence aos EUA (é considerado o 50º estado Norte-Americano) e a Ilha de Páscoa, que pertence ao Chile.

Com relação aos aspectos físicos, o clima do continente é bem diversificado, pois encontra-se nas zonas climáticas intertropical e temperada no hemisfério sul. A vegetação é bastante variada, possuindo desde selva tropical até vegetação típica de deserto. Seu relevo é predominantemente plano, com atitude média em torno de 200 metros. O pico mais alto do continente é o monte Wilhelm com 4.509 metros em Papua Nova Guiné. Os rios mais importantes são o Murray e seu afluente Darling, na Austrália, rio Waikato, na Nova Zelândia, e o Daru, o Fly, o Kikori, o Purari, o Ramu e o Sepik, em Papua Nova Guiné.

A economia da Oceania é baseada principalmente no turismo, na pesca e na mineração. 

Até por essa característica, a maioria dos países da Oceania são considerados subdesenvolvidos. A Austrália e a Nova Zelândia são exceções que fazem parte da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, APEC (Ásia-Pacific Economic Cooperation), na sigla em inglês.

A Austrália se destaca no setor industrial ligado ao setor primário, como a produção de alimentos e bebidas, a indústria química, metalúrgica, siderúrgica e petroquímica. O setor agropecuário é moderno, com maquinários que aumentam a produtividade no campo utilizando menos mão de obra.

A Nova Zelândia passou de uma economia agrária e dependente para uma economia moderna, com um setor industrial altamente competitivo em termos globais. Suas principais atividades econômicas são a agricultura, a horticultura, a pesca e a silvicultura. As indústrias pesadas, de alumínio e siderurgia, concentradas respectivamente nas ilhas sul e norte, também têm papel importante na economia.



Fonte: Currículo mínimo (Seeduc)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – 4º bimestre - aula nº 2

O Oriente Médio: Conflito Árabe-Israelense – aula nº 2 – 4º bimestre

Podemos dizer que, atualmente, o Oriente Médio é a região com maior foco de tensão mundial. Desde a antiguidade, a região era a ligação das rotas comerciais entre oriente e ocidente. E o século XX consolidou a região como o lugar com as maiores reservas de petróleo do planeta. Esses fatores tornam a região um verdadeiro "barril de pólvora" que pode explodir a qualquer momento.

O conflito árabe-israelense se iniciou quando os judeus, depois de muito tempo espalhados pelo mundo resolvem voltar ao seu local de origem e ocupar o território da Palestina, para voltarem a ser uma nação definida por um território. Foi um processo gradual, mas que desde o início encontrou resistência dos árabes que lá estavam desde a diáspora judaica.

Tropas inglesas faziam a vigilância da Palestina, buscando diminuir o conflito. A Segunda Guerra Mundial acelerou o retorno dos judeus por causa da perseguição nazista. Com o final da guerra os ingleses se retiram da região e a Organização das Nações Unidas (ONU) resolve fazer a partilha da Palestina, tentando separar judeus e árabes, que ficaram com uma área de 11.500 km², divididos em duas faixas: Gaza e Cisjordânia, enquanto os judeus ficaram com uma área de 14.000 km², que passou a se chamar Israel e ganhou o status de território internacional, em 1948.

Os países árabes vizinhos à região da Palestina não aceitam a partilha feita pela ONU e, no dia seguinte a criação do estado de Israel, forças combinadas do Egito, Jordânia, Iraque, Síria, Líbano o invadem. A reação violenta dos árabes já era esperada e Israel estava preparado, não só expulsando os invasores como também invadindo-os e ocupando a região das colinas de Golã, na Síria, e a península do Sinai, no Egito.

A ocupação gradual do território palestino por Israel foi incomodando cada vez mais as nações árabes do entorno e os árabes palestinos decidem pela criação de um Estado próprio. A ONU rejeita a proposta, temendo mais conflitos. Essa negativa impulsiona na Conferência de Cúpula Árabe de Alexandria, em 1964, a criação da OLP (Organização para Libertação da Palestina), presidida por Yasser Arafat, que une grupos de várias tendências ideológicas, mas que tem em comum a intenção de criar o estado Palestino. 

Inicialmente, os grupos mais radicais contam com grande simpatia da população e passam a fazer uso do terrorismo para intimidar Israel e seus aliados. Israel sempre respondia aos ataques com violência e esses grupos foram perdendo apoio e sendo substituídos por outros mais moderados dentro da OLP. Começam as conversas entre árabes e para trazer a paz para a região, sempre travada por interesses diversos.

As negociações de paz apresentam importantes mediadores como os Estados Unidos e a União Soviética. Em 1992, numa Conferência de Paz em Madrid, houve esperanças de que, enfim, o processo de paz fosse retomado e a paz fosse anunciada.

Contudo, os grandes rivais dessa paz negociada são os grupos extremistas que, dos dois lados, colocam essa negociação como uma espécie de traição às suas causas e assim buscam uma radicalização que traz a guerra e afasta a paz. No final de 93, Ytzak Rabin vence as eleições em Israel e promove uma nova negociação pela paz com Arafat, mas o assassinato de Rabin por extremistas judeus reacende o fogo da rivalidade e mantém a Palestina na situação de instabilidade.


Os anos 2000 continuam a tendência de dificuldade na obtenção da paz na região, sobretudo pelos grupos extremistas que não reconhecem o estado de Israel (pelo lado palestino) e não reconhecem a autoridade palestina (pelo lado judeu).

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)